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Os Custos dos Planos Médicos na Colômbia Subiriam 9,4 % em 2026 Segundo Projeções InternacionaisBy Jazmin Agudelo for Ruta Pantera on 10/27/2025 6:58:13 AM |
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| Em um contexto de recuperação econômica pós-pandemia e pressões inflacionárias globais, o sistema de saúde colombiano enfrenta um novo desafio: um aumento projetado de 9,4 % nos custos dos planos médicos para 2026. Essa cifra, revelada no Relatório de Tendências de Custos Médicos 2026 da consultoria global Aon, posiciona a Colômbia como um dos países com o incremento mais acentuado na América Latina, superado apenas pela média regional de 10,2 %. Enquanto o mundo antecipa um alta global de 9,8 % nos planos de saúde patrocinados por empregadores, essa tendência de um dígito marca um alívio após anos de crescimentos acelerados, mas para os colombianos significa uma carga adicional em um sistema já tensionado por desigualdades e reformas pendentes. O que impulsiona esse salto? Do aumento de doenças crônicas como câncer e cardiovasculares aos avanços tecnológicos em tratamentos de alto custo, o panorama exige uma reflexão profunda sobre a sustentabilidade do acesso universal à saúde. O Relatório da Aon O Relatório de Tendências de Custos Médicos 2026 da Aon, baseado em uma pesquisa em 112 países e mais de 113 escritórios especializados, pinta um cenário de moderação relativa, mas pressão persistente nos gastos sanitários. Globalmente, os custos dos planos médicos crescerão 9,8 % em 2026, um leve declínio do 10,1 % estimado para 2025, impulsionado pela estabilização pós-pandemia e ajustes nas cadeias de suprimentos farmacêuticos. Na América Latina e no Caribe, a região mais afetada, a taxa fica em 10,2 %, uma moderação do 10,7 % de 2025, graças a contribuições chave da Colômbia e do Brasil na contenção de incrementos. No entanto, para a Colômbia, a previsão é de 9,4 %, 38,3 % maior que os 6,8 % registrados em 2025, refletindo uma volatilidade que contrasta com a tendência descendente global. Essa projeção não é um capricho estatístico; surge de interações diretas com seguradoras e clientes empresariais, incorporando variáveis como a inflação (projetada em 5,4 % para 2024 pelo FMI) e o envelhecimento populacional. Na Colômbia, onde 96 % da população está afiliada ao Sistema Geral de Segurança Social em Saúde (SGSSS), esse aumento impactará tanto os planos obrigatórios quanto os voluntários e prepagados, exacerbando a lacuna entre cobertura pública e privada. Especialistas como Max Saraví, head de Health & Human Capital da Aon para a América Latina, alertam que "a volatilidade econômica pós-pandemia, combinada com depreciação monetária, continua afetando economias emergentes como a nossa". Assim, enquanto países como os EUA veem altas de 8,5 %, a Colômbia se alinha à média latino-americana, mas com riscos locais como a implementação parcial da reforma à saúde de 2023, que visa centralizar recursos, mas gera incerteza em custos operacionais. | ||||
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O motor desse incremento reside em um coquetel de fatores demográficos, clínicos e tecnológicos. Em primeiro lugar, as doenças crônicas dominam o panorama: o câncer — especialmente de pulmão, mama, cólon, reto e próstata — lidera os gastos, com tratamentos prolongados que incluem imunoterapias e terapias gênicas cujo custo escalou 20 % anualmente na região. Seguem-se as afecções cardiovasculares, impulsionadas por estresse laboral, sedentarismo e dietas processadas, responsáveis por 25 % das reclamações médicas na Colômbia. Os transtornos musculoesqueléticos, como dores nas costas por posturas inadequadas em jornadas estendidas, completam o trio, afetando 15 % mais trabalhadores remotos pós-pandemia. A tecnologia, paradoxalmente, agrava o problema: inovações como cirurgia robótica e medicamentos biológicos elevam os custos unitários em 15-20 %, segundo a Aon, pois os planos devem cobrir esses avanços para manter padrões de qualidade. Na Colômbia, onde o gasto em saúde representa 7,5 % do PIB (abaixo da média de 10 % da OCDE), essa dinâmica pressiona as EPS (Entidades Promotoras de Saúde), que enfrentam dívidas acumuladas de 20 trilhões de pesos. Além disso, a inflação de insumos importados — medicamentos e equipamentos — é amplificada pela depreciação do peso, um fator que a Aon identifica como chave em economias voláteis. Mario Cruz, vice-presidente técnico da Acemi, enfatiza que "esses aumentos não só encarecem o Plano de Benefícios em Saúde, mas transferem cargas para famílias e empresas, potencialmente elevando o gasto de bolso em 10 %". Implicações para o Sistema de Saúde Colombiano As repercussões desse 9,4 % são multifacetadas. Para os 50 milhões de afiliados ao SGSSS, significa prêmios mais altos em planos voluntários — que cobrem 10 % da população — e maior pressão nos subsídios estatais para estratos baixos. A medicina prepagada, em ascensão com crescimento anual de 15 %, poderia ver suas tarifas subirem 12 %, afetando 2 milhões de usuários que buscam agilidade em consultas e especialistas, segundo dados da Colsanitas. Empresas, que financiam 40 % dos planos corporativos, enfrentarão um impacto em folhas de pagamento equivalente a 2 % adicional de custos laborais, potencialmente freando contratações em um mercado com desemprego de 10 %. Em nível macro, o Ministério da Saúde ajustou a Unidade de Pagamento por Capitacão (UPC) em 12,4 % para 2024, mas projeções para 2026 sugerem que sem reformas estruturais, o déficit do sistema poderia alcançar 30 trilhões de pesos. Juan Guerrero, presidente da Associação Colombiana de Saúde Pública, alerta que "aumentar o gasto de bolso é indesejável, pois viola o direito constitucional à saúde e agrava desigualdades". Nesse sentido, a reforma de 2023, que transfere competências para entidades territoriais, poderia mitigar se implementada com eficiência, mas a incerteza atual — com debates no Congresso — acelera a escalada de preços. Estratégias para Mitigar o Impacto Diante desse horizonte, a prevenção emerge como antídoto. A Aon recomenda investir em programas de bem-estar corporativos, como exames anuais e apps de monitoramento, que poderiam reduzir reclamações em 15 %. Na Colômbia, iniciativas da Superintendência de Saúde para fomentar telemedicina baixaram custos em 20 % para consultas remotas. Paúl Rodríguez, economista da Universidade del Rosario, defende "políticas de minimização de gastos, como subsídios a genéricos e regulação de patentes farmacêuticas". Ademais, o auge da medicina prepagada — com players como Nueva EPS e Sura captando 500.000 novos afiliados em 2024 — oferece uma válvula de escape para quem pode pagar, mas agrava a dualidade do sistema. A longo prazo, a educação em saúde e a adoção de IA para diagnósticos preditivos poderiam estabilizar tendências. Como afirma Ignacio Correa, presidente da Colsanitas, "a prepagada não é luxo, mas complemento necessário em um sistema ineficiente". O projetado aumento de 9,4 % nos custos médicos para 2026 é mais que um número; é um chamado à ação para a Colômbia, onde a saúde é direito e motor de equidade. Enquanto a Aon vislumbra moderação regional, o país deve priorizar prevenção, inovação e reformas inclusivas para evitar que esse incremento aprofunde lacunas. Em um mundo onde a saúde custa mais, investir nela hoje salva amanhã. Para famílias e tomadores de decisão, a mensagem é clara: a sustentabilidade não espera; exige visão coletiva. | |||
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